quarta-feira, 28 de maio de 2008

::::Meios e Fins::::

Fonte: ang-cebuana.blogspot.com (via Google).

.ok. eu não entendo bem qual é a dessa de ciclo da vida.


.vamos destrinchar a afirmação. é comum ouvir menções que na vida sentimental de uma pessoa as coisas acontecem e evoluem, cumprindo um ciclo. bem ou mal, com começo, meio e fim. sem lugares comuns ou cheio de clichês. é aquela regra: encontrar, (ficar - coisa que não entendo até hoje), namorar, noivar, casar e (caso as coisas não cheguem ao resultado esperado) separar. e quando esse último item ocorre, após um tempo de molho para recuperação, começa uma batalha para dar ínicio a um novo ciclo.


.consideram todas essas passagens como algo inevitável. e relacionam os bons resultados desse jogo ao sucesso na vida e no que realmente importa. um exemplo. quem nunca deparou-se com uma situação do tipo: casal de namorados encontram alguém conhecido que não viam há algum tempo e de repente, essa pessoa, sem noção da delicadeza e do semancol, indaga quanto tempo os "pombinhos" estão juntos e quando ouve como resposta uma quantidade de tempo muito maior do que suas tolas expectativas consideram ideais, faz aquela cara de maldade-ironia-cheia-de-conselhos-para-dar e solta assim como se fosse um papo furado......"tá passando da hora de casar hein?". broxante.


.por que tem que casar? por que tem que ter filhos? por que tem que comprar uma casa e ter um cão? por que tem que ter tudo isso?


.é. eu não sei. mas parace-me que tudo é muito arraigado ainda em pensamentos conservadores dos séculos passados.


.vamos considerar o termo sucesso. por que a dona de casa que abandonou toda sua carreira vitoriosa para subir ao altar, criar uma ninhada de pimpolhos e reinar no seu bem cuidado lar é vista como aquela que sacrificou-se (em um ato admirável) por um futuro pacato e feliz. (e não julgo o mérito da questão, é só um exemplo!). e quando a executiva (não importa a idade) incrivelmente bem sucedida, destemida, desejável porém solteira passa desacompanhada e consome seu maravilhoso jantar em uma mesa para uma pessoa naquele restaurante cool (simplesmente porque escolheu não viver de amarras, compromissos seríssimos e sem exercitar o gene da maternidade) é tida como a amarga infeliz ou então como a coitadinha solteirona?


.por que é via de regra o solteirão ter que casar para dar um jeito na vida?


.eu não levanto a bandeira dos totalmente contra casamentos. mas defendo a causa daqueles que querem viver sem esse compromisso, sem recriminações, sem brincadeirinhas estúpidas, sem insinuações grosseiras ou coisa do tipo.


.morar junto. em casas separadas. pular de uma cama para outra. viver uma relação por ano. atar e desatar continuamente um amor-nem-tão-passageiro-como-previsto. ter alergia a crianças. não ter paciência para bichos. deixar a tarefa de plantar uma árvore para aquela ONG em que você contribui...de outra forma. esquecer festa, bem-casado, buquê. assim, viver do jeito que você quer. e não ter que justificar-se por isso.


.quando ter um relacionamento deixará de ser visto somente como um meio para chegar até um fim, o altar?
.e por que é tão difícil entender que para ser feliz não é necessário seguir a cartilha da vida?
.é. cada segundo uma nova pergunta. e assim a vida continua....


.abraço.

3 comentários:

Anônimo disse...

adorei os bonequinhos!

Mariah disse...

querido. somos a geração da transição. transição entre "mães" donzelas virgens, esposas fiéis, exímias donas de casa, mães dedicadas...e "filhas" independentes, bi-sexuais, emancipadas, sexualmente ativas, viajadas...ficantes...etc.
já passamos da época de contextar, nem faz sentido hoje em dia. não sabemos que conceitos passar a nossos filhos. não cabe aplicar o que aprendemos.
estamos na busca da nossa identidade. dos nossos "certos" e "errados".
boa sorte
mariah

du disse...

:::dani::: eu também!....as idéias ficam melhores a cada procura que faço....rs

:::mariah:::é....vamos continuar a luta.....

...obrigado pelos comentários....