segunda-feira, 27 de abril de 2009

:::Os Muitos Sentidos Do Nada::::

Fonte: atakcorp.wordpress.com


.ok. qual a medida exata para separar necessidades de futilidades?

.já discuti diversas vezes aqui sobre desejos. a corrida obsessiva a cada novo desejo. viver a sonhar com desejos possíveis e impossíveis. mas agora quero discutir além das minhas considerações genéricas sobre esse ato.

.quem nunca ouviu aquela estória sobre o vazio, o buraco que encontra-se dentro de cada um e que necessita-se preencher? já ouvi diversas piadas questionando sua validade, umas até muito cruéis. e o que me importa agora é dialogar com que tem boa-fé em acreditar que nem todo mundo tem respostas o suficiente para suas perguntas.

.você já se entregou a um impulso consumista? procura desesperadamente por alguém que te faça sorrir e sonhar? trabalha como um louco para alcançar o tão propalado sucesso profissional? malha músculos e extermina gorduras para fugir um pouco da sombra do anonimato?

.esses são apenas alguns exemplos de como arriscamos alguma parte das nossas vidas por algo que nem podemos identificar, mensurar, descrever. o pior é que não há muitas escolhas. ou enfrenta-se o desconhecido ou amargura-se o infinito do nada.

.e o problema não pára por ai. pois ocorre então eternos testes para encaixar certas peças nesse quebra-cabeça invisível. logo, o perigo de mirar sem alvo. você pode acabar machucando muitos inocentes. e você começa a questionar. coisas que talvez você nunca saiba direito o que é.

.e o vazio tende à expansão....

.será que somos os únicos responsáveis por nossas próprias piadas de mau gosto?

.abraço.

domingo, 26 de abril de 2009

::::Danuza Leão: Falando De Comidas:::::

Fonte: www2.warwick.ac.uk

.ok. eu amo comer. e nesse domingo de falta de criatividade, reproduzo mais uma vez coluna de Danuza Leão, na Folha de S. Paulo de 14 de dezembro de 2008...

"Falando de comidas

Vamos reconhecer: quem vê pela primeira vez uma feijoada se assusta com sua aparência; é preciso explicar

UMA FEIJOADA bem feita, com todos os pertences, como se dizia antigamente, é uma coisa muito boa. Maravilhosa, eu diria. Mas é preciso ter uma certa cultura gastronômica para apreciar devidamente esse prato divino.

Vamos reconhecer: quem vê pela primeira vez uma feijoada se assusta com sua aparência. As pessoas gostam de saber o que estão comendo, e quem olha para aquele festival de negrumes não pode supor do que se trata. Por isso, quando um estrangeiro amigo nos visita, é uma temeridade convidá-lo para uma feijoada -o que, aliás, fazemos sempre. É preciso, antes, explicar, pacientemente, do que se trata, e também lhe dar uma outra opção. O feijão é simples; mas as carnes?

Uma feijoada de fé tem que ter paio, linguiça, carne-seca -gorda e magra-, língua defumada, orelha, rabinho, toucinho defumado, lombo, costela, carne de boi, bacon e chispe -que é o pé do porco. Além disso, como acompanhamento, tem o arroz, a farofa, a couve, a laranja e o torresmo, a oitava maravilha do mundo, que é o couro do porco frito; às vezes ele vem com um fiozinho de cabelo, uma prova da autenticidade do produto. Tudo regado com uma boa pimenta malagueta, é claro. Para que esse manjar dos deuses seja servido condignamente, as carnes têm que ser servidas separadas, e só quem conhece e aprecia reconhece, num primeiro olhar, todas elas. Se não sabe, é preciso que alguém explique, e se for em outra língua, a situação se complica.

Agora, que está chegando o verão e com ele os estrangeiros, é o momento apropriado das feijoadas. Num calor de 40C, tudo começa com as batidas; depois de umas três, e com o samba como fundo musical, é servida a feijoada, e é preciso um guia que fale muito bem a língua do turista para traduzir, item por item, o que contém cada travessa. Com os franceses não tem problema, pois eles comem de tudo, mas com os gringos mesmo -americanos e alemães- a coisa já fica mais perigosa.E a pimenta, como explicar que é fundamental?

É preciso levá-los também a um restaurante baiano, fazê-los provar um acarajé e depois passar para um sarapatel com bastante pimenta-de-cheiro, e mais um vatapá, um siri mole, ou uma simples moqueca com bastante dendê. Talvez ele passe mal depois, mas tudo tem seu preço.

Outro dia fui a um restaurante chique e moderno no Rio, e quatro pratos foram servidos. Detalhe: a louça, branca, era gigantesca.A primeira iguaria foi uma espécie de bolinho -delicioso, por sinal- recheado de foie gras. Um só. A segunda, três dedinhos de sopa com uns legumes cortados na vertical, com -me disseram- uma fatia de atum tão fina, mas tão fina, que eu não a percebi. A terceira, pasmem, era um camarão. Um camarão sozinho, sem acompanhamento de nada, reinando absoluto naquele prato imenso; de dar pena de sua solidão. E por fim, dois pedacinhos de carneiro deliciosos, que meu gato comeria em duas mordidas.

É triste a gente sentir que não consegue acompanhar os tempos modernos. Eu até tento, e em muitas coisas consigo, mas na gastronomia é inútil, já desisti. Por isso, quando combino de jantar com alguém, já no telefone pergunto "e onde vamos?" Se for num desses modernos, estou fora. Afinal, respeito é bom e eu gosto.Um camarão sozinho num prato: fala sério. Mas os restaurateurs, além de estarem fazendo muita gente de boba, devem estar bilionários, pois esse tipo de comida é caro.Aliás, caríssimo."

.nada melhor do que boa companhia, boa comida, boa conversa....

.abraço.

sábado, 25 de abril de 2009

:::Quão Longe Chega Sua Visão?:::

Fonte: teclasap.com.br

.ok. impressões importam e todo mundo julga pela aparência.

.a estória mais do que batida de Susan Boyle, candidata de um desses reality shows musicais, gerou diversas discussões. até o New York Times entrou nessa e em um dos artigos online debate quão natural é esse nosso olhar. explica como e para que funciona esse processo automático de decifrar pessoas desconhecidas e separá-las por grupos.

.percebemos erros e acertos nesse jogo de achismos. encaramos nossos preconceitos. revemos algumas opiniões. recebemos surpresas e aprendizados. e o tribunal não pára...

.e para ser franco, hoje imagem importa sim. e para quase tudo. arranjar emprego. conquistar clientes. arrumar namoro. conseguir um favor de um desconhecido. deixo claro sua importância, mas não é o suficiente no processo como um todo.

.estou ciente de que talvez não possa fugir de alguns clichês que minha imagem ofereça, mas esse talvez seja o melhor filtro. quem não se prende a coisas pequenas como essas tem o mundo inteiro para desbravar e inúmeros frutos para colher....

.abraço.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

:::Obsessão E Loucura No Mundo Fitness::::

Fonte: munfitnessblog.com

.ok. eu aprendi a viciar em malhação.

.comecei tem um ano e nove meses. e independente do que aconteça. faça chuva, faça sol. lá estou eu, cinco vezes por semana, frequentando a academia. e não pensem que por isso virei marombeiro. do tipo que compra suplemento e carrega a fita métrica no bolso. estou nessa vida só para manter a forma, um corpo definido e só. chego (sempre acompanhado do meu mp3), faço minhas séries, corro, vou embora. tudo em menos de 60 minutos. detesto fazer social. sou incrivelmente antipático por lá. e morro de impaciência toda vez que pessoas resolvem conversar em um aparelho que preciso usar. e quando pedem para revezar?

.parte dessa obsessão devo à minha primeira treinadora. tudo bem que às vezes ela tinha atitudes psicóticas-cruéis-ditatoriais, mas talvez isso me manteve firme. ainda ouço ecoar na minha mente algumas das broncas dela (visto que ela não trabalha mais por lá) e por mais irônico que seja, é um grande incentivo.

.a outra parte é a minha exigência. eu acho que não sustentaria bem uma barriga. e não falo fisicamente. o resultado disso? culpa quando não posso malhar. posso estar perdido em uma cidade desconhecida, podre de gripe ou a beira de um colapso nervoso, mas em algum momento passa pela minha mente algo do tipo "eu tenho que malhar". se for por preguiça então, pior.

.cada louco com sua mania, não? (apesar desse louco aqui ter muitas...).

.abraço.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

::::Desejos Incessantes::::

Fonte: fmcsolutions.com.br

.ok. eu sofro a dependência do sempre-quero-mais.

.assistindo mais um episódio de Ally McBeal, notei essa questão. um cara a dispensa após um encontro e a justificativa: durante a conversa, ela cita o livro "Henderson O Rei da Chuva" de Saul Bellow como o preferido, ressaltando que identificava-se com o personagem principal (que passa a vida toda na procura por satisfação pessoal - que nunca acaba). então, em sua defesa ele alega que teme relacionar-se com uma pessoa que nunca está satisfeita. pensando que em algum tempo do futuro, torne-se descartável.

.confesso que vivo dessa forma. sempre na procura por algo. sempre querendo algo. talvez sonhos, talvez alguma coisa material. por exemplo, minha preocupação agora envolve dois itens: meu encalhe e meu desemprego. e tenho certeza absoluta que ao resolvê-los, aparecerão outros desejos a perseguir. e acredito numa frase que surge nesse episódio, "no momento em que essa necessidade por mais cessa, no próximo, acompanha-se a morte".

.será esse vício mais do que comum? ele realmente atrapalha um relacionamento? existem pessoas que chegam a certo patamar e estabilizam-se por lá? ou é somente preciso encontrar quem acredite nos mesmos ideais para algo realmente funcionar?

.abraço.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

:::A Percepção Que Ultrapassa Os Sentidos::::

Fonte: YouTube

.ok. são poucos aqueles capazes de sentir desesperados e silenciosos gritos de socorro.

.nesse final de semana assisti ao filme "Noites de Tormenta (Nights In Rodanthe)", cujo trailer postei no início. li há certo tempo a resenha, positiva. porém, ao encontrá-lo na prateleira da locadora, não restava uma linha sequer. mas da mesma forma, arrisquei. e valeu a pena.

.por inúmeros motivos, durante toda nossa vida, acabamos abrindo mão de algo importante. porque escolhas demandam. porque pessoas pedem. porque algumas não o pedem. porque é o errado. porque é o certo, mas não o conveniente. não é um processo fácil, mas é o mal necessário para continuar a crescer, aprender ou simplesmente sobreviver.

.e às vezes, entre tantas negativas e transformações, acabamos bem distantes do que costumávamos ser. independente dos resultados, nem sempre é possível identificá-los em si mesmo. quem sabe, nota-se algo diferente mas há certo temor de um mero engano de interpretação. nesse momento, um olhar de fora pode oferecer uma análise melhor. para sua salvação ou perdição.

.será que essa venda que por vezes cobre nossos olhos e mentes é um dispositivo pelo qual somente nossas mãos são responsáveis pela retirada? quem opta por cegueira seletiva, vê o mundo melhor ou apenas posterga uma inevitável pane? todos nós, em algum momento da vida, necessitamos de um salvador ou vale mais a máxima "cada um por si e salve-se quem puder"?

.abraço.

terça-feira, 21 de abril de 2009

:::Reações Sem Ações::::

Fonte: mentedespenteada2.blogs.sapo.pt

.ok. grandes expectativas, grandes tombos.

.é humano criar esperanças quando algo bom está para acontecer. ou se há a possibilidade de uma mudança almejada com todas as forças. qual criança nunca ficou alucinada no dia anterior ao aniversário sabendo que o brinquedo dos sonhos estava por ai, escondido em algum canto da casa? e quem não passa por essa fase em início de relacionamento, onde tudo anda bem e os planos (possíveis, impossíveis, inquestionáveis, supremos) brotam a cada suspiro?

.eu, como bom sonhador que sou, não consigo evitar o processo. surgiu uma oportunidade de emprego? lá vou eu com minhas vivências irreais. conheci alguém interessante? já passa pela minha mente tardes românticas e ociosas, só aproveitando a companhia um do outro.

.e se de um lado isso me eleva, enche de otimismos, por outro, principalmente quando tudo falha, o caos resultante é incalculável. claro que os níveis variam de situação para situação. tempo de recuperação, tempo para compreensão, tempo de esquecimento. o que, apesar dos pesares, nunca foi motivo o suficiente para cessar essa vontade obsessiva....

.os grandes sonhadores tem os piores pesadelos? vale a pena viver o paraíso máximo se o preço é algum tempo no inferno? esperanças são espontâneas, inerentes ao homem ou sofrem o controle que cada um permite?

.abraço.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

:::Destino Sob Júri:::

Fonte: voarnopensamento.blogspot.com

.ok. quando há explicação, há certo contentamento.

.ultimamente, deixei um pouco os assuntos diversos de lado e acabei focando naqueles muito pessoais. talvez refletindo o momento de revoluções internas e incessantes que acontecem na minha cabeça.

.e para falar a verdade, a alvo sempre envolve achar respostas para as questões que me perseguem e apavoram há um longo tempo. e como sempre, as interrogações multiplicam-se a cada segundo enquanto os pontos finais escondem-se pelos cantos obscuros da vida.

.noto que se conseguimos decifrar alguns enigmas, para o bem ou para o mal, gera-se um certo alívio momentâneo (porque os ciclos continuam). é mais fácil acreditar se há quem preencha as lacunas de quem, o que, onde, porque. é mais simples aceitar quando separamos culpados e inocentes. é mais objetivo lutar quando identifica-se o inimigo.

.e quando não há explicação? simplesmente porque não há mesmo. sem teorias ou verdades. inexplicáveis explicações. essas nossas nuvens são as responsáveis pelas batalhas perdidas, vítimas inocentes, dores crônicas? onde reside o conforto de um acontecimento grave sem agentes, justificativas? é destino? quem acredita em destino? carma? ação e reação? aqui se faz, aqui se paga? ou todas as coisas são o que são, sem motivo ou razão?

.abraço.

domingo, 19 de abril de 2009

:::Danuza Leão: Por Onde Anda O Amor?:::

Fonte: occlim.blogspot.com

.ok. Danuza Leão é demais. por isso, mais uma vez, reproduzo sua coluna dominical na Folha de S. Paulo:

"Por onde anda o amor?

Será que as pessoas ainda se apaixonam, amam como amavam, pensam no ser amado o tempo todo?

SEMANA PASSADA estava em casa vendo TV e vi que ia passar, naquela noite, "Piaf" -que eu já tinha visto duas vezes no cinema. Não resisti e fiquei esperando, impaciente, que o filme começasse. E foi muito bom ter visto pela terceira vez, pois percebi uma coisa que tinha me escapado das duas primeiras: a música de fundo, que no filme não é cantada, é tocada quase que o tempo todo baixinho, muito sutilmente, e é uma belíssima canção, se não me engano de Raymond Asso, que se chama "Mon Légionnaire". Linda, linda, como quase todas as que Piaf cantava. E eu fico me lembrando daquela que foi uma época de ouro da música no mundo inteiro.

A partir dos anos 30, tivemos, entre compositores e intérpretes, Cole Porter, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Montand, Brel, Trenet, Francisco Alves, Dalva de Oliveira, Isaurinha Garcia, e mais tarde Tom, Vinicius, Chico, Caetano, Edu, Bethânia, Gal, Roberto e tantos mais, todos diferentes, mas o que podia haver de melhor, tanto assim que suas músicas são lembradas, tocadas e cantadas até hoje no mundo todo, por todas as gerações. E houve também a disc music, com algumas inesquecíveis.

Mas a partir daí, o que aconteceu com a música? Das mais recentes, não conheço nenhuma maravilhosa, de nenhum país. Qual foi o último sucesso de que me lembro? De Rod Stewart cantando canções antigas, mais nada.

Andei falando com uns jovens amigos e a explicação foi que, tendo o mundo se expandido tanto, criaram-se novos nichos de música, que são por sua vez apreciados por determinados nichos de pessoas. Curiosamente, as coisas não são mais tão universais como eram antes da globalização.

Mas não foi só isso que mudou. Até a bossa nova, as músicas -da França, dos EUA, do México, do Brasil- falavam de amores infelizes, de corações despedaçados, sendo que os tangos usavam e abusavam da figura da mãe -"la madrecita". A bossa nova fez com que os amores ficassem mais leves -nem por isso as pessoas sofriam menos por amor-, mas agora eu não entendo mais nada. Vamos ao fundo da questão: será que as pessoas ainda têm uma dor de corno, daquelas de se enfiar na cama e nem querer saber se está chovendo ou fazendo sol? A julgar pelas músicas atuais, não.

Comecei falando de música, mas agora vou falar de amor. Será que as pessoas ainda se apaixonam, amam como amavam, pensavam no ser amado o tempo todo e fariam qualquer coisa -como diz "Hino ao Amor", de Piaf, renegariam sua pátria e seus amigos se lhe fosse pedido- pela pessoa que amassem? Vamos falar de coisas bem banais: deixariam de ir a um jogo de futebol, se isso lhes fosse implorado? De ir à praia? Dariam o último pastelzinho da travessa à pessoa amada? Será que o amor está acabando?

Há muito tempo não ouço ninguém me dizer que está morrendo de paixão, nem homem nem mulher. Os homens não são muito de confessar essas coisas, mas as mulheres estão preferindo ir a uma academia de ginástica a sair com um homem com más intenções. O que é uma pena. Porque não há nada melhor do que viver uma paixão, e se ela não der certo, sofrer muito por ela."

.concordo contigo Dona Danuza, quem mais?

.abraço

sábado, 18 de abril de 2009

::::Crises De Abstinência Dos Novos Tempos::::

Fonte: photoanswers.co.uk

.ok. a vida volta a fazer sentido.

.finalmente consegui resolver meu problema com a conexão de internet. não tenho nada contra lah houses (afinal, por certo período da faculdade era extremamente dependente delas), mas nada como meu computador e toda a privacidade que ele me oferece.

.estranho como certos costumes novos acabam virando tão essenciais. vamos dizer assim que uns 6 anos atrás vivia muito bem sem internet todos os dias. mas hoje, essa possibiliadade é terrível. claro que as necessidades mudaram também. afinal, além de me informar, mantenho meus contatos, procuro emprego, resolvo meus problemas. tudo online. e nessa fase complicada, nada como a internet para me ajudar....

.os vícios são alívios, preoupações, fugas ou armadilhas perigosas? as pessoas que não possuem amarras a nada e a ninguém sobrevivem melhor? esse apego é sintoma de que algo não está correndo bem? vícios - saudáveis ou não tão saudáveis - são parte da natureza humana?

.abraço.

.obs.: desculpem pelos dois últimos posts. talvez pela pressa na lan, acabaram de certa forma diferentes. mas enfim, de volta ao normal. e volto a visitá-los.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

:::Dias Chuvosos E Ensolarados:::


Fonte: YouTube


.ok. nem tinha percebido mas esse é o post 200.

.já nem lembro a quantidade de assuntos que tratei aqui. e entre testes, confissões, idas e vindas. finalmente, achei a medida certa para lidar com esse novo mundo, a blogosfera. fora que conheci algumas pessoas, que contribuiram, aconselharam, participaram. o meu obrigado.

.infelizmente, esse não é dos melhores momentos na minha vida. tanto pessoal, quanto profissional.

.e só pra complementar meu dia ruim. estou sem internet, o que me obrigou a frequentar uma lan para deixar uma coisa nova.....

.sem muitos assuntos em mente, fico por aqui com uma canção da minha nova obsessão-musical-puro-drama-tristeza-depressão. Beth Orton. e desculpa o vídeo que postei. era o único com a música....

"Baby do you know what you did today Baby do you know what you took away You took the blue out of the sky My whole life changed when you said goodbye An' I keep crying, crying Ooooh baby Ooooh baby I wish I never saw the sunshine I wish I never saw the sunshine An' if I never saw the sunshine baby Then maybe I wouldn't mind the rain Every day is just like the day before All alone a million miles from shore All of my dreams I dreamed with you Now they will die and never come true An' I keep crying, crying Ooooh babyOoooh baby I wish I never saw the sunshine I wish I never saw the sunshine An' if I never saw the sunshine baby Then maybe I wouldn't mind the rain Ooooh this pain And I know there would not be This cloud that's over me Everywhere I go Ooooh babyOoooh baby I wish I never saw the sunshine I wish I never saw the sunshine An' if I never saw the sunshine baby Then maybe I wouldn't mind the rain Ooooh this pain I wouldn't mind the rain There wouldn't be this pain I wouldn't mind the rain I wouldn't mind the rain"

.será que vale a pena abrir mão dos raios de sol para não me importar com a chuva?

.é. mais um dia...

.abraço.


quinta-feira, 16 de abril de 2009

:::Sobre Batalhas Perdidas E Esperanças Sem Futuro::::

Fonte: YouTube

.ok. ninguém pode com o tempo.

.li o post do Gay Alpha que comenta sobre comprar tempo e não pude parar de pensar como ele afeta toda a nossa vida.

.estamos sempre correndo contra ele. vencendo prazos. correndo atrás de metas. encaixando ações em espaços livres. otimizando o que temos em mãos. enlouquecendo para dar conta de tudo.

.há quem saiba gastá-lo com certa eficiência. outros utilizam de forma aleatória. existem agendas, computadores, secretárias, post-it's. encontram-se boas vidas, madames, malandros, perdidos.

.e por maior que seja a evolução, não estou certo se é possível o dia em que o tempo estará em nossas mãos. voltar no tempo. controlar o tempo. prolongar o tempo. domar o tempo.

.será que falta certa sabedoria ao ser humano para melhor administrar o que tem em suas mãos? ou hoje sacrificar alguns itens para dar lugar ao que é prioridade tornou-se essencial? se tivéssemos todo o tempo do mundo estaríamos contentes com ele ou chorando por mais? em dias confusos como esses, o que o tempo nos reserva?

.abraço.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

:::Colorindo Amigos::::

Fonte: papocalcinhaparte2.blogspot.com


.ok. o ser humano é pródigo em inventar soluções fáceis para problemas sem fim.

.revendo um link para uma matéria da VIP, onde estabelecem os dez mandamentos para um bom relacionamento com um P.A., pensei um pouco sobre esse novo papel na vida moderna.

.é bem cômodo e prático, afinal é uma troca real, definida, eficiente. as pessoas já tem intimidade, conhecem os gostos, possuem química. e vamos falar a verdade, em períodos de seca, não é um alívio poder satisfazer certas necessidades com um simples telefonema? sem enrolações, grandes caçadas, perda de tempo, furadas, tropeços, erros.

.talvez o que me preocupa é o fato dos limites existirem. e nesse caso, quebrar certas regras definidas é extremamente perigoso. e eu sou imprevisível, espontâneo, impulsivo, irracional, sentimental. uma mistura que transborda problemas....

.amizade colorida é conforto nesses tempos de relações incertas? há certa dose de insegurança ao manter uma opção em espera? P.A.'s são eternos, relacionamentos não? se cada personagem dessa trama sabe o lugar que lhe cabe, a estória vive de sucessos? P.A.'s sobem a serra?

.abraço.

terça-feira, 14 de abril de 2009

:::A Velha Estória Do Côncavo E Do Convexo::::

Fonte: novazul.blog.com.es

.ok. depois da crise pollyânica, vamos a tentantiva de volta à normalidade.

.como em todo relacionamento que se preze, certa hora chega o momento da verdade. e como presume-se que o papo foi tão bom que alguns detalhes passaram em branco. e antes do apagar das luzes surge a inevitável questão: qual sua preferência? (bom, é de certa forma recomendável resolver isso antes do ato).

.talvez nos esquivássemos dessa situação embaraçosa com o papo direto de salas de chat. afinal, lá é tudo assim. o que procura? o que curte? como você é? mas como nem sempre o que temos em vista é um caso de uma noite só (e uma abordagem desse tipo é péssima), é provável que em encontros reais o assunto passe longe disso.

.os versáteis tem suas vantagens, mas o que fazer se você está confortável com sua preferência? e qual o momento propício para jogar essa bomba cujos estragos são imprevisíveis?

.entre operações matemáticas e físicas, positivo e negativo assumem posições diferentes conforme a situação. mas e na vida real? os iguais repelem-se instantaneamente mesmo? e se a empatia, química é forte, a saída é uma amizade contida? até onde você sacrifica o desejo pelo sentimento? negociar é uma saída? o futuro é ser flex?

.abraço.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

::::Confissões Sobre Velhos e Novos Horizontes::::

Fonte: thebosh.com

.ok. eu estou um pouco cansado de combater esse meu lado emotivo.

.um, é extremamente complicado tentar convencer a si mesmo a deixar de ser o que é. nem que por alguns momentos. dois, eu prefiro deixar a parte extremamente racional para quem divida algum tipo de relação comigo: amigos, companheiros, familiares, desconhecidos. três, eu adoro ser emocional, por mais problemas que às vezes isso me cause.

.e daqui não parte uma promessa para o fim de minhas lamentações envolvendo emoções, mas talvez elas acompanhem uma certa dose de conformismo, preterindo o desejo de transformações miraculosas.

.eu sou do tipo que chora assistindo vídeos do youtube (Arquivo Confidencial, depoimentos que sempre apareciam no final da novela Páginas da Vida, comerciais sentimentais como aquele do cachorrinho que discute sobre doação de órgãos, etc). eu questiono, vasculho, reviro sentimentos. eu aplico parte do meu tempo livre nessa busca (quem sabe) infindável pela pessoa certa.

.no post anterior, todo mundo falou sobre como tudo muda. mas de certa forma, eu sou antiquado, old-fashion, vintage. pois eu ainda levanto a bandeira do romantismo clássico. eu não nego a evolução do tempo, nem renego as mudanças que considero benéficas. mas eu não abandono esses meus velhos hábitos.

.para o bem ou para o mal, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é....

.abraço.

sábado, 11 de abril de 2009

::::Novos Tempos, Novos Rumos?::::

Fonte: adamandlori.com

.ok. qual seria a influência da evolução natural dos tempos sobre os relacionamentos?

.afinal, romantismo e gestos de amor nem sempre são bem-vistos entre essa geração que discorre sobre ficadas em facebooks, twitters, etc. já ouvi sobre ser cafona, constrangedor, ultrapassado.

.considero também um fator que trabalha contra a existências desses atos a constatação que nem sempre tudo mundo está disposto a levar a frente algo assim. os solteiros inveterados, os racionais extremistas, as feministas radicais, os profissionais em busca de ascensão na carreira. é questão de lógica que nem sempre todo mundo deseja esse tipo de surpresa.

.mas o que eu questiono é: será que não é extremamente encantador receber gentilezas assim? desde um bom dia sorridente quando o tempo e seu humor estão nublados. preparar um jantar em um dia da semana qualquer. comprar pequenos presentes somente pelo fato de recordar aquela pessoa.

.será que estou ficando velho para essa geração? ou o romantismo é atemporal? as pessoas valorizam mais outros tipos de atitude ou então, renegam sentimentalidades? o segredo está na sabedoria de equilibrar arroubo e sensatez? demonstrar/gostar/expor-se assim é cafona ou encantador?

.abraço

sexta-feira, 10 de abril de 2009

::::Distâncias Regulamentares Para Relacionamentos Irregulares::::

Fonte: hillabilly.blogspot.com

.ok. meus feriados familiares são datas totalmente imprevisíveis.

.geralmente, quando você é universitário, qualquer brecha nessa rotina louca de estudos é desculpa para pegar o rumo da estrada e voltar para alguns dias no conforto de sua casa. e como datas comemorativas não faltam, nem a boa vontade estudantil em prolongá-los o máximo possível, você sempre tem motivos suficientes para esses retornos.

.não sei o porquê, mas comigo foi um pouco diferente. e até hoje tento entender. por toda a minha vida acadêmica, minhas visitas não eram constantes. não era porque morava longe (era uma distância média, totalmente percorrida em uma madrugada de ônibus). nem por dinheiro (meus pais sempre bancavam esse tipo de coisa). poderia ser até pelo trabalho (que consegui a partir do segundo ano). na verdade, no último ano, estava tão esgotado com a rotina trampo-faculdade-TCC, que não voltei uma única vez....

.nessa páscoa, minha mãe até tentou me convencer. mas tenho tanta coisa ainda para resolver e não é uma boa hora para uma estadia por lá. assuntos mal resolvidos das férias de final de ano. amo minha família, mas certos momentos exigem distância.

.na verdade, é um movimento natural. e você deixa de voltar para casa. e começa a visitar a casa dos seus pais. senti isso quando estava na faculdade ainda, principalmente quando fiquei independente financeiramente.

.família, tão fundamental, tão problemática. qual a sua pedida para hoje?

.abraço

quinta-feira, 9 de abril de 2009

:::O Que Casamento Tem A Ver Com Isso?:::

Fonte: bemresolvida.itodas.uol.com.br

.ok. eu acho que preciso casar.

.sem cerimônias. sem roupas específicas. sem bolo. sem padrinhos e madrinhas. sem família. sem qualquer outra coisa que costuma marcar esse tipo de coisa.

.só preciso do noivo. ou marido. ou companheiro. ou sei lá como se define hoje em dia esse cara com quem você namora, convive, divide uma gama incontável de sentimentos e pensamentos, etc. etc. etc.

.talvez nesse momento específico da minha vida, queira preencher certos vazios com outros. mas não sei até que ponto ficar decifrando códigos contidos em minhas próprias atitudes é válido.

.na verdade, preciso muito mais de uma companhia do que qualquer outra coisa.

.qual o segredo dos solteiros felizes? pessoas casadas almejam uma vida de solteiro vez ou outra? qual é o limite entre questionamentos saudáveis e uma ação neurótica-psicótica? por que certas pessoas necessitam tanto dessa afirmação para sentirem-se bem?

.abraço

terça-feira, 7 de abril de 2009

::::Bússolas Não Indicam Caminhos Para A Vida::::

Fonte: YouTube

.ok. eu adoro Felicity.

.o seriado foi minha companhia constante no meu primeiro ano de faculdade - o qual passei parte recluso e solitário. ainda revejo alguns capítulos. e acho que a abertura continua imbatível.

.hoje lembrei de um episódio onde ela discutia com sua conselheira estudantil o turbilhão de problemas que acometia sua vida: o divórcio dos pais, um deslize na vida acadêmica, crise de identidade. em certo ponto, depois de muito conversar, repensar e desabafar, decidiu fugir. desistir da faculdade e ser mensageira na Europa. então, numa das tiradas sempre propícias, a psicóloga alertou: "sabe a ironia de sentir-se perdido? você pode se sentir perdido em qualquer lugar". e ela desistiu, para enfrentar seus próprios demônios.

.e parte do meu dia se resume em sentir-se perdido. viajei alguns quilômetros para finalmente retirar meu diploma de graduação e aproveitei a cidade (que é bem maior do que aquela onde moro) para andar um pouco. quando estou de cabeça cheia, é o que preciso. porém, mesmo depois de alguns quilômetros percorridos, o sentimento de vazio não passou. talvez, é essa resposta do emprego que não vem. ou repensar conflitos familiares. ou negar minhas afirmações. talvez nunca saiba direito.

.mais um dia normal? mais um dia anormal? esse meu tempo livre desempregado é a oficina do diabo? crises são necessárias para alertar ou somente deprimem? perder-se é caminho para achar-se?

.no final, um mau dia. quantos mais para o retorno de um bom?

.abraço.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

:::Enrolado Entre Idades::::

Fonte: vidasobrerodas.ning.com

.ok. revi alguns itens no meu "date target".

.eu sempre preferi caras mais velhos. por todas aquelas qualidades clichês que se espera de uma pessoa que viveu mais do que você. maturidade. estabilidade. (ainda que não seja regra, a probabilidade é maior....).

.já me enrolei com um homem de quarenta. com um de trinta. e outro de quase trinta. embora nenhum deles vingou, era o tipo de relacionamento que procurava.

.porém, nesses últimos tempos, especificamente quando passei para a casa dos "mais próximos dos 30 do que dos 20", a situação inverteu-se. quando rolava alguma coisa que importava, quem tinha mais idade era eu.

.no início, a impressão era de algo inconfortável. mas depois entendi que esse tipo de avaliação com critérios muito rasos só poderia me mostrar uma visão deturpada. talvez os problemas mudem, ou não. talvez o necessário é tirar essas vendas invísiveis que nos cegam por nada.

.eu posso ditar agora o meu tipo de cara. mas acabo sempre surpreendido pelo acaso. e tudo se esvai pelo ar.

.será que a partir da liberação das amarras, permite-se ir muito além do esperado? ou a perda do foco só cria mais confusão nessas vidas já tão atribuladas? idade não é promessa de nada?

.abraço

domingo, 5 de abril de 2009

:::Refletindo Sobre Teorias Marombeiras::::

Fonte: deviantart.com


.ok. relacionamentos não existem sem problemas.

.algumas vezes são imaginários ou inventados por nossas cabeças criativas e alucinadas. outras tem todos os porquês justificados. em poucas, uma mistura de cada lado. e os rumos que então se seguem aos acontecimentos são imprevisíveis, como qualquer relação normal que se preze.

.lendo a entrevista que Gisele Bündchen cedeu à revista Vanity Fair , ela relata que a gravidez da ex-namorada do seu atual marido, Tom Brady (naquela época, ainda namorado de dois meses), colocou à prova todo o relacionamento. e como resultado final, cada um demonstrou seu caráter frente aos fatos, o que arraigou a relação.

.cada vez mais acredito nessa teoria direta dos loucos por musculação, o "no pain, no gain". e isso não é um estímulo ao sadomasoquismo, nem uma afronta, afinal cada um com o seu problema. mas muitas vezes um pouco de dor, sofrimento, é necessário para acordarmos ou então, notar o que nos cerca, mas que passa desapercebido. é um convite para a luta ou para a desistência.

.e como tudo na vida, nada melhor do que contrabalancear. e depois de uma tempestade, criar um dia de sol....

.abraço.


sábado, 4 de abril de 2009

:::Melancolia De Fim De Semana::::

Fonte: trekearth.com

.ok. boas amizades são essenciais.

.aquelas pessoas em que a confiança é mútua. que nos oferecem o ombro certo dia e choram as mágoas nos nossos em outro. aqueles que te entendem, conhecem, respeitam, amam. assim sem condições ou opções, totalmente inexplicável mas não por isso menos real.

.eu tenho uma imensa dificuldade em fazer amigos. colegas. conhecidos.

.sou tímido, desconfiado, falo baixo. são características minhas mesmo. não tem como mudar. e talvez por isso, não possuo amigos verdadeiros de épocas pré-faculdade. naqueles tempos, vivia muito em casa, tinha alguns colegas na escola e só. certa vez, arrisquei alguns contatos na rua. mas acabaram dissipando-se devido minhas constantes mudanças de cidade (outro fator que complicou todo o meu processo).

.os laços que permaneceram são os criados durante a vida universitária. tive a sorte de possuir o que considero uma extensão familiar. e mesmo depois de formados, cada um em um canto diferente, ainda mantemos contato, embora a convivência tornou-se rara, esporádica.

.sinto falta de companhia para balada. de contar minhas novidades. de ouvir novidades. de lamentar meus desastres amorosos. de aconselhar e de ouvir conselhos. de olhos nos olhos. de toque.

.e sei que novos amigos sempre surgem, mas o meu processo é lento, cheio de detalhes, complicado. e não consigo evitá-lo.

.mas eu tento. persisto. e sei que terei a sorte de ver mais algumas estrelas nesse meu céu....

.abraço

sexta-feira, 3 de abril de 2009

:::O Passado Que Surge Sem Avisar::::

Fonte: eyesopenmarketing.co.uk

.ok. de algumas constatações, surgem novas necessidades.

.na conversa de segunda ocorreu um fato que por mais estranho que soe, nem dei tanta importância (apesar de divagar sobre isso agora): a menção dos ex's.

.eu, como não os tenho - e vamos classificar como ex, toda a pessoa com a qual você manteve um relacionamento estável, real e duradouro - nem teria como incluir tal assunto. mas como ele os tem, a possibilidade é maior.

.sei que não foi proposital, não tem nem porquê. mas o fato é que em algumas horas conheci (embora de forma rasa) praticamente todo o passado amoroso dele. e nada surgia do além, tudo tinha o seu contexto.

.é estranho conviver com tais presenças, mas não posso apagá-las, nem exigir que sumam. tento entendê-las, aprender algo ou então, ignorar.

.qual seria a atitude mais apropriada para lidar com uma situação delicada como essa? esse é o tipo de informação que cedo ou tarde surge sem pedir licença? e se te incomodar certos aspectos, é esperto calá-los na sua mente ou na boca do seu parceiro?

.abraço.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

:::O Momento Incrivelmente Transformador::::

Fonte: flickr.com (Drawings Of Light - Paul)

.ok. o dia de segunda-feira mudou muito o que eu pensava.

.as dúvidas que martelavam na minha cabeça, ou dissiparam-se ou então encontraram finalmente uma resposta.

.apesar da ausência do assunto durante nossa conversa, ele estava presente de uma forma que eu não sei bem explicar. tive consciência disso pois durante todo esse tempo, equilibrava todos os meus sentimentos e pensamentos entre as presenças físicas e as invisíveis.

.só pude confirmar todas as minhas desconfianças. as minhas.

.ainda dependo de um emprego para estar lá (e realmente desacreditei em relacionamentos à distância). morro de vontade de sair por ai declarando o que sinto. mas o que ficou claro naqueles momentos é que agora o tempo é quem manda.

.esqueci minhas premissas e promessas. abandonei planos e estratégias. agora vou com calma, sem afobação. quero nos permitir um conhecimento mútuo. um bem querer mútuo. entender os erros do passado e mantê-los como aviso dos perigos que cercam o futuro. eu quero vencer a impaciência. eu quero vencer o impulso. eu quero conquistá-lo. eu quero apaixoná-lo.

.é uma longa estrada. sem destino, sem placas, talvez sem fim. estou pronto para a mudança e não temo o risco...

.abraço.